A taxa Selic interfere no consórcio? Descubra agora mesmo!

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funcionam as parcelas do consórcio e quais fatores podem influenciar no seu valor. Uma das dúvidas mais comuns é em relação à Taxa Selic: afinal, ela realmente interfere nas parcelas do consórcio? Continue a leitura para saber de uma vez por todas!

O que é a Taxa Selic e como ela é definida?

A taxa Selic é uma sigla que significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Ela é a taxa básica de juros da economia brasileira e tem um papel fundamental na regulação e controle da inflação, além de influenciar diversos aspectos da economia do país. A taxa Selic é utilizada como referência para diversas operações financeiras, como empréstimos, investimentos e financiamentos.

A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é responsável por estabelecer a meta para essa taxa. O Copom realiza reuniões periodicamente para avaliar as condições econômicas do país e decidir se a taxa Selic deve ser mantida, elevada ou reduzida.

Essa decisão é baseada em diversos indicadores econômicos, como a inflação, o crescimento do PIB, o comportamento do mercado financeiro, entre outros. Atualmente, ela está calculada a 13,25% ao ano. 

Essa taxa pode influenciar diretamente o custo do crédito, os rendimentos de investimentos e até mesmo a rentabilidade de aplicações financeiras.

É importante ressaltar que a taxa Selic é um indicador econômico que pode variar ao longo do tempo, de acordo com as decisões do Copom. Portanto, é fundamental acompanhar as notícias e análises econômicas para entender como ela pode impactar suas finanças pessoais e suas estratégias de investimento.

O que é o consórcio e como ele funciona?

O consórcio é uma modalidade de compra em grupo que permite adquirir bens ou serviços de forma planejada e econômica. É uma opção muito utilizada para a compra de imóveis, veículos, capital de giro, entre outros.

O funcionamento do consórcio é bastante simples. Um grupo de pessoas interessadas em adquirir um determinado bem ou serviço se reúne e contribui mensalmente com um valor estabelecido pela administradora do consórcio. Esses valores são utilizados para formar um fundo comum, que será utilizado para contemplar os participantes mensalmente.

A contemplação é o momento em que o consorciado é selecionado para receber a carta de crédito, que é o valor correspondente ao bem ou serviço desejado. Essa seleção é feita por sorteio ou por lance, onde os participantes podem ofertar um valor maior para aumentar suas chances de serem contemplados.

Após a contemplação, o consorciado pode utilizar o valor da carta de crédito para efetuar a compra do bem ou serviço desejado. É importante ressaltar que, mesmo depois de contemplado, o participante continua contribuindo mensalmente com o valor estabelecido até o prazo de vigência do grupo.

A taxa Selic interfere no cálculo das parcelas do consórcio?

A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Seu impacto faz sentido em diversos aspectos da economia, como na rentabilidade dos investimentos e no custo dos empréstimos. No caso do consórcio, muitos se perguntam se a variação da Taxa Selic pode afetar o valor das parcelas e a resposta é NÃO.

No caso do consórcio, a variação da Taxa Selic não afeta o valor das parcelas. Isso ocorre porque a taxa de administração paga à administradora do consórcio não é vinculada à Selic e, portanto, não sofre alterações. Assim, o consórcio se protege do aumento da Selic, pois não há cobrança de juros nem aumento da taxa de administração, e o valor da carta de crédito é reajustado para manter o poder de compra.

Isso faz com que os consórcios se tornem um investimento atrativo quando a taxa Selic está elevada, já que não há interferência de juros. Enquanto as pessoas que buscam adquirir bens por meio de financiamentos enfrentam juros altos, os consórcios permanecem estáveis.

Leia também: Taxa selic e financiamento imobiliário: entenda a relação

Sendo assim, não é atoa que, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o número de participantes ativos em grupos de consórcios chegou a 9,47 milhões em fevereiro de 2023.

É importante destacar que, quando a Selic está alta, as pessoas que optam por financiamentos imobiliários, por exemplo, podem acabar pagando uma quantia significativa apenas em juros para a instituição financeira, chegando a pagar praticamente o valor de três imóveis. Portanto, o consórcio é sim uma alternativa mais vantajosa.

Como funciona o cálculo das parcelas do consórcio?

O cálculo das parcelas do consórcio é feito com base no valor total do bem ou serviço desejado, na quantidade de meses que o consorciado escolhe para pagar e na taxa de administração estabelecida pela empresa responsável pelo consórcio.

A taxa de administração é uma porcentagem cobrada mensalmente sobre o valor da parcela e varia de acordo com a administradora do consórcio. Veja abaixo um comparativo dos valores pagos em um consórcio e um financiamento de imóveis:

Ou seja, com o valor pago em uma parcela do financiamento você pode pagar duas parcelas do consórcio, o que gera uma economia final de R$ 1.704.634,40. Ou seja, praticamente o valor de dois imóveis. 

Leia também: Por que contratar um consórcio de 1 milhão para a compra de imóveis 

É importante ressaltar que os valores das parcelas podem variar de acordo com a administradora do consórcio e as condições específicas de cada contrato. É recomendado que você consulte a empresa responsável pelo consórcio para obter informações mais precisas sobre os cálculos das parcelas.

Conclusão

Como você pode perceber, a Taxa Selic não interfere no consórcio devido à forma como o sistema é estruturado. Enquanto a Selic pode afetar a rentabilidade de investimentos e o custo de financiamentos, o consórcio se mantém estável. 

Portanto, mesmo em períodos de alta da Selic, os consórcios continuam sendo uma opção atraente, oferecendo estabilidade e proteção contra o aumento de juros. Ele é uma alternativa vantajosa para aqueles que buscam adquirir bens sem os altos custos de financiamentos tradicionais.

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